sábado, 5 de julho de 2008

É por isso que eu canto!!

VERGONHA. Passada a ressaca, natural depois de ver o sonho escapar por detalhes tão pequenos, e até por uma incontestável dose de injustiça, esse não é, de maneira nenhuma, o sentimento que traduz o estado de espírito do torcedor tricolor ao amanhecer desse sábado, 5 de julho de 2008.

VERGONHA devem estar sentindo os torcedores rubro-negros que aderiram à onda da Liga Dos Urubus, dando demonstrações explícitas de recalque e mesquinharia, sentimentos incompatíveis a uma nação tão grandiosa como a que proclamam ser. Pela ignorância de acreditar que o suposto fracasso do rival apaga o vexame de terem sido eliminados da forma que foram, num dos maiores desfiles de soberba e incompetência que o Maracanã já viu.

(...)

Então, o que a torcida tricolor deve estar sentindo nesse momento? A paixão tricolor está mais fortalecida que nunca. Fortalecida pelo ORGULHO que esses últimos meses trouxeram ao torcedor do FLUMINENSE.

ORGULHO pela aliança que se formou entre o time e a torcida. Uma aliança que nos dias 5 de março, 21 de maio, 4 de junho e, por que não dizer, 2 de julho de 2008 protagonizou aqueles que, certamente, entraram para a história do futebol como quatro dos mais espetaculares jogos dos últimos tempos. Não somente pelo que os times fizeram dentro de campo, mas pelo show que a torcida deu no Maracanã, imortalizado em imagens que não devem ser esquecidas pela falta do título.

ORGULHO por ter calado os críticos, que tanto falavam da falta de um tal “espírito de Libertadores”, da falta da tal “tradição internacional”, fazendo uma das melhores campanhas de todos os tempos na competição, com 100% de vitórias nos jogos em casa, um total de 9 vitórias em 14 jogos, 27 gols marcados e 14 gols sofridos. Campanha que deixou para trás o aclamado tricampeão mundial São Paulo e quebrou o tabu do mítico Boca Juniors que, em 12 confrontos diretos, desde que enfrentou o Santos de Pelé, não era eliminado da Libertadores por equipes brasileiras. Uma campanha que não pode ser apagada simplesmente por esse desprezo que os brasileiros têm pelo vice-campeonato. Como se ser vice-campeão do principal torneio das Américas fosse algum motivo de demérito.

Que esse ORGULHO se transforme em FORÇA.

FORÇA para erguer a cabeça, sacudir a poeira e continuar exibindo as camisas e bandeiras tricolores pelo Brasil e pelo mundo com a mesma intensidade das últimas semanas. FORÇA para tomar uma posição ativa e vigilante, cobrando da diretoria uma atitude responsável e compatível com a grandeza do clube que dirigem, de forma a enfrentar e superar a dura realidade que agora se apresenta. FORÇA para começar a formar, desde já, uma aliança de apoio ao time capaz de conseguir o que hoje parece impossível: O TÍTULO MUNDIAL DE 2009. A Libertadores de 2009 começa agora e cada jogo deve ser encarado como uma decisão. Pelo time e pela torcida.





*Na íntegra: http://www.flusocio.com.br/blog/