domingo, 28 de dezembro de 2008





i hope that you're ok
i hope you're resting quietly
i just wanted to say... goodnight.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Outro hoje

"Mas hoje por favor, vem me fazer feliz.
Vem, vem brilhar por entre estrelas e neons azuis.
Só por essa noite, vem."

Só por essa noite, vem...

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

"Its the end of the world as we know it"

Jogo dos sete erros - ou dos sete anos:


Sim, é o fim do mundo como o conhecemos. E das pequenas coisas que só nós sabemos porque damos tanta importância... Primeiro o ponto de ônibus (com todas as suas simbologias), agora a praça. Quando vi, senti o coração apertar e lembrei de uma passagem do Luiz Antônio Aguiar - mais precisamente uma frasesinha que vai aqui (relativamente) descontextualizada:

"E eu tinha doze anos, então. Quantas vezes também me perguntei se a gente pode confiar na memória (...)".

No livro ele fala de Copacabana. Você tá aí em Copacabana. Ou pelo menos mais perto de copacabana do que eu... Ah.

É triste; mas o fato é que não há reforma que consiga tirar nossa marca do mundo.

"O tempo passou, como sempre passa - ou às vezes não."
Mas nossa breguice sobrevive. Afinal, aposto que você também lacrimejou ao ver a foto.
Te amo pra sempre!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

So, so beautiful.


'A SHORT LOVE STORY' IN STOP MOTION

Animação mais que perfeita, do autor Carlos Lascano no Vimeo.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Amor Impossível

Eles estão lado à lado, olham-se apaixonadamente o tempo todo (exceto quando ela cruza as pernas, veste seu jeans ou enfia-se debaixo das cobertas).

Passam a vida na brincadeira divertida de balançar para lá e pra cá, acompanhando os passos da moça branquela, cuja (falta de) cor da pele dá ainda mais constraste às cores que eles, antes, não tinham. É puro, é bonito.

Há um lado triste... Apesar de estarem tão perto, jamais ficarão juntos. (...) Mas ainda assim carregam esses sorrisos infantis, kurthalseanos, apaixonados.

Há poesia.
Sempre há poesia.


→ Os artistas: 1) do papel; 2) da pele

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Num espaço de três minutos - II

Vestida em roupas velhas, em pé naquele chão forrado com jornal, lembrou-se de quando era ainda menina, e levava bronca da mãe pelos risquinhos de caneta na parede do quarto; é que ela queria saber todos os dias se tinha crescido mais... coisa de criança.

Anos depois, diante da parede branca pronta pra ganhar cor, pensou em quanto tempo fazia desde que se importou com seu tamanho e em todos os apelidos românticos e maldosos que, em sua infância/aborrescência, ele lhe rendera.

Eram 14:28h (estava de folga aquela tarde). Pegou uma caneta e uma fita métrica e olhou ao redor pra certificar-se de que ninguém a observava. Parou, costas encostadas na parede. Riu ao se lembrar que, quando criança, levantava os pés de leve numa tentativa de enganar à ela mesma e subir o risquinho da parede alguns milímetros.

Mediu. 'Hm, um metro e sessenta e cinco centímetros. Nada mal.' - pensou.

Ligou o rádio no último volume com as mesmas músicas de sempre, mergulhou o rolo na tinta que ela chamava de azul-céu e - às 15:31 - começou a refazer as paredes dos seus sonhos, cantando alto, errado, e sem se importar com mais nada.



▪ Num espaço de três minutos - I

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Especial Roberto Carlos

Não é pisca-pisca, nem guirlanda na porta, nem promoção da som livre, nem papais noéis de supermercado, e - por incrível que pareça - nem a musiquinha chiclete da globo; é o Especial Roberto Carlos.

É quando começa a passar esse maldito comercial que a gente dá conta de verdade que o ano tá messssmo no final. (Aliás, gente, quantos anos esse homem tem?)

E ai.. Esse ano preciso daquelas sete ondas mais do que nunca.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Dadaísmo - II

Daí eu tive esse sonho:

Estava com o John Frusciante na fila do Bob's. Na nossa frente, a Melissa Auf der Maur. Ela pediu e foi pro lado, assim, esperar sua bandeija. O caixa era japonês, mal humorado e andava com uma mochila nas costas. Chegou o lanche da Melissa e eu fui (daquele jeito mecânico de fila de fast food) pegar uma batatinha, quando o Frusciante pegou no meu braço e disse: Anna! Esse não é o nosso!

Eu acordei.
Nada no meu livro sobre significados de sonhos explica isso.
Boa noite.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

O primeiro clichê.

"Somethings never change."

É.

... outras, inevitávelmente o fazem. O ponto de ônibus foi cruelmente derrubado, as mesas da pracinha (assim como a pracinha) não são mais as mesmas. Nossa quadra, ainda que sem água, virou uma piscina. Filhos, quadros, apelidos, letras. Caixabaixa. Caxabaxa. "Lembra?" O trema e o hífen!; já não sei mais o que fazer com eles... E gosto musical?... Os furos na orelha do Rob Thomas aliados aos fantásticos solos do Santanna... O Mickey, o Geraldo, o coelho.

Hoje eu falo inglês, e você? Nunca vi Stuart Little 2. Entre poemas, famílias e Natalie-Portman's, tem um mp4 ligado. Nele, não toca Adam Duritz. Nem Alexandres (ou Diegos - tantos - santos, falsetes, navarros.)

É, tem coisa que muda, e muito. Tem coisa que muda pra bom, e tem coisa que... ué! Mas toda mudança é boa, Ana Cláudia! Anna Duzzi. Russos renatos, papas polacos, nomes de vodkas que aos 13 anos não conseguíamos comprar. Perguntas, respostas, famílias, udora. Apriori é junto ou separado? Italiano ou francês?

Mas, sabe?...! Cola de isopor tem o poder, assim, de deixar algumas coisas como estão. O bico de pato atropelado, o sotaque, os palavrões, as pulseiras, os telefones e a voz dos pais que expulsam os filhos de casa.

Somethings never change. True.
O gosto, as fotos, os dedos, a memória... Ah! Roubando as palavras alheias: "Ainda bem que they never do" (:

.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Eram duas em uma. Agora não mais.

Eu costumo decorar frases de filmes que gosto muito, assim, sem querer. Sabe-se lá porquê...
Fato é que vez ou outra elas caem como uma luva...

(...)
Garota loira, de 13 anos, vestido preto do lado da samambaia....
Garota loira, de 13 anos, vestido preto do lado da samambaia....
(...)

Eram quase 4 da manhã e não havia vestido preto ou samambaia. O cabelo era castanho, um castanho que encobria um arco-íris... Enquanto eu ainda tinha os olhos fechados (porque eu me recusava à abrí-los - como sempre - literal e figurativamente) veio de repente à minha cabeça a voz ainda infantil da Mischa Barton, quando ela diz em "Lost & Delirious":

"Have you ever been really thirsty? And you open a carton of milk, and you pour it in your mouth... and it's... sour? That happened inside of me... forever."

Era isso. Era isso que eu carregava aqui dentro, carregava sem saber e sem precisar. Mesmo crescendo, mudando, me apaixonando, vivendo, amadurecendo, e todos os gerúndios do mundo, tinha algo preso aqui dentro de mim; e tinha gosto de leite azedo.

Eu abri os olhos, olhei ao redor; o relógio fazia seu barulhinho que só se ouve de madrugada, o mundo estava apagado e minha sala acesa, as flores que eu havia esquecido de regar estavam ali e o telefone continuava na minha mão. Foi no momento em que eu soltei o telefone, apaguei a luz da sala e vim pelo corredor em direção à minha cama que eu percebi minha vantagem sobre a Mischa Barton: na minha frase não havia "forever".

Eu ri. Ri de mim, do filme, da metáfora do leite... eu ri. Eu ri! E quando eu ri, eu fiz 20 anos.
Eu vi a menina de 13 anos, com luzes no cabelo e esmalte preto na unha do pé (dessa vez sem samambaia) sorrir pra mim de volta. E acenar, se despedindo, fading away.

Sete anos...

Eu me deitei mais leve, e minha boca (e minha alma) agora tinham gosto de... bala de hortelã. Ou chiclete de melancia, tanto faz.

Aliás, é isso, sabe? Tanto faz.
Mas ela não percebia isso, enquanto insistia em morar nos seus eternos 13 anos.

Agora ela sabe. Agora EU sei.
O David - cara legal - disse rindo, super simpático: - Sorry, wrong number.
Agradeci.

Agradeci e pensei: It's ok.
Pode acreditar, tá tudo bem de verdade. It doesn't matter anymore.
Demorou, demorou muito. Mas eu cresci. Cresci sete anos em dez minutos. Até dormi de barriga pra cima.


Brigada. De verdade. Por tudo. E vai ser feliz!... (:

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Num espaço de três minutos - I

Fuma-se um cigarro num espaço de três minutos?

2:57 da manhã.

Ela abriu as cortinas, as venezianas e os vidros da janela. Chovia (como chovia toda noite, há semanas) mas ela não queria sua casa - que era quase um cômodo só - fedendo à cigarro. Pegou a taça de vinho e sentou-se no parapeito. Não era muito alto. Com o cigarro na boca e o isqueiro na mão, pensou. Por 4 ou 5 segundos, pensou. Riu, e acendeu. Soltava a fumaça tentando fazer bolinhas. A chuva molhava a perna que havia ficado pro lado de fora. Ela não se importava. Uma golada, uma tragada, uma loucura. Passaram-se dois minutos e quarenta e três segundos. Parecia tão mais... Olhou para o cigarro - já quase no filtro - e sorriu. Deu a última tragada.

- Aviso! - disse para ninguém, apagando a ponta no parapeito molhado.

E voltou pra cama às 3:00 da manhã naquela madrugada menos vazia.

Números e saudades.

Cinco anos são mil oitocentos e vinte e sete dias. 1827. Parece pouco ou parece muito? São vinte e cinco vezes setenta e três dias. 73 não é um número aleatório, mas o que ele significa não importa.

Vinte e cinco vezes setenta e três. Mil oitocentos e vinte e sete. Cinco anos.... De acordo com o Google Maps, a distância entre a cidade onde moro e Olinda (PE) é de dois mil duzentos e treze quilômetros. 2213. Escrevo por extenso porque numéricamente parece pouco, sabe? De carro, um dia e duas horas; vinte e seis horas. O que são vinte e seis horas em mil oitocentos e vinte e sete dias? Pfff... Nada...

O litro de gasolina, hoje, custa aproximadamente dois reais e trinta e sete centavos (R$2,37). Pra percorrer 2213km, seriam necessários (com um carro popular pelo menos) cento e cinquenta e nove litros de gasolina. Isso é 159 vezes R$2,37. Aproximadamente trezentos e setenta e sete reais. R$377,00 é pouco. Mas eu não tenho um carro popular. Eu sequer tenho um carro. Não tenho nem CNH! Não adianta.

E de avião? Uns R$37,00 até o Rio de Janeiro de ônibus, pra pegar um voô pra recife que custa R$619,00. De Refice à Olinda de ônibus, mais uns R$20,00 no máximo, acredito eu. R$676,00 a ida. Mil trezentos e cinqüenta e dois reais pra ir e voltar. R$1352,00. Fora das minhas possibilidades num primeiro momento mas em 1827 dias, talvez eu conseguiria juntar esse dinheiro, pouquinho à pouquinho...

Anyway, eu tenho pernas. O Google Maps avisa: "Seja cuidadoso – Esta rota pode não ter calçadas ou caminhos de pedestres." Bah, eu me viro. Quatro mil seiscentos e oitenta e quatro quilometros a pé. 4684km... 39 dias e 19 horas. Novecentas e cinquenta e cinco horas. Parando pra comer, dormir, e trocar de sapato (porque ninguém merece) no máximo umas mil e duzentas horas. 50 dias. Ainda pouco comparado à 1827.

Eu poderia ter pensado nisso tudo antes. Nunca pensei.
Nunca pensei.

A gente nunca pensa em matemática, assim. A maioria das pessoas pelo menos...
A matemática, às vezes, não serve pra bosta nenhuma. A geografia não serve pra bosta nenhuma. A geografia serve pra diminuir à insignificantes e triviais conversas ao telefone, todo o amor e a saudade que ficam separados por 2213 ou 4684km.

De um lado do telefone à nossa impotência de quem não acha suficiente os "alôs", os "e a vida, como vai" e os sinceros "morro de saudades à cada dia". Não, não são suficientes. Se fosse o Rogério Flausino ele diria: "a obrigação da sua voz é estar aqui". Não fosse a distância ela estaria. Sempre.

Tem coisas que a gente não controla. O tempo, a distância. Mesmo que no vestibular alguma trick question qualquer diga que a globalização encurta os dois. Mentira! Dinheiro, possibilidades, sorte... eles sim, talvez encurtem os dois.

Números, números, números por extenso, números numéricos, números numerais, números. Matemática, geografia, filosofia de boteco e luto. Luto.

Saudade. 1827 dias, que poderiam não significar nada se eu tivesse um a mais. Unzinho a mais. Não tive.

A saudade de 1827 dias - durante os quais não me esqueci um segundo de você - parecia remediável até hoje de manhã. Não é mais. Agora vou carregá-la por mais 1827, e depois mais 1827, e outros 1827, e essa sequencia de 1827s vai ser eterna, como é eterna a seqüencia dos 73, que eu já disse no início que o significado não importa.

Tem uma letra a mais no meu nome, tem uma letra a menos no seu. "Life goes on". Existem o trabalho, as obrigações, os cafés da manhã, os banhos, os sábados, os domingos, as notícias nos jornais, o pão, o leite, o pijama, o par de meias, o ficar de pé.

Mas também existe, inevitável e irremediávelmente, a dor.

Eu te amo. Amo, amo e amo. E amo mais. E se multiplicares todos esses números inúteis aí em cima, não vais chegar à um milésimo do resultado. É amor de sangue, mas mais que isso, é amor de amor.

E, antes de me despedir, posso pedir um favor?
Diz ao meu pai que eu me lembro, sempre.
E, se por acaso, esbarrar em Drummond, diz à ele que agora entendo o que é ver a mesa vazia.

Vai em paz.

domingo, 2 de novembro de 2008

Na praia do forte, em Cabo Frio

Era uma dessas tardes comuns em cidade de praia. Bem no meio de maio, não havia feriado, não havia multidão, o sol não estava escaldante e nada nesse mundo a faria concordar em passar filtro solar. Tinha lá seus dois aninhos; três, no máximo. Pequenininha, dentro de uma dessas piscininhas infláveis redondinhas onde parece não caber nada. Ela cabia; ela e um tiquinho de água do mar, que de tempos em tempos ela colocava na boca escondido e depois cuspia, fazendo essas carinhas de nojo típicas de criancinhas de dois anos, três no máximo.

Do lado, estava a mãe. Deitada, tomando sol, aparentemente despreocupada - não fosse o fato de ela sentar-se à cada dois minutos, botar a mão na testa, daquele jeito pra tapar o sol, olhar a pequena e dizer sorrindo: "ah, menina!". ("Ah, menina" porque ela ficava jogando água pra cima, no auge de sua diversão, e vez ou outra uns respingos atingiam a mãe). Teve a hora em que ela jogou água pra cima bem na hora que a mãe abria a boca pra morder uma coxinha... Xiii! Na mesma hora se encolheu toda na piscininha deixando só os olhinhos de fora; a mãe, com cara séria, fez silêncio; virou-se para um homem grande (que sorria o tempo todo, e que havia trazido a coxinha) e disse:

- Cláudio, olha ela aí que vou no quiosque comer.

Ele chegou mais perto da piscininha amarela (é, era amarelinha) e cochichou algo no ouvido da pequena, que logo se desencolheu sorrindo e estendendo os bracinhos pra cima. Ele à pôs no colo.
Eu estava ali, observando de "meio-longe-meio-perto". Não os conheço, não sei o nome da mãe, não sei o nome do projetinho de gente, sei - se não estiver enganada quanto ao que ouvi por culpa do barulho das ondas - o nome do homem grande. Deve ser o pai. Dá pra ver pelo carinho que tem com ela, apontando e mostrando tudo, balançando as pernas e a fazendo sorrir. Os olhinhos pequenininhos e redondinhos dela brilhavam de amor, de admiração; uma admiração inconsciente para com aquele homem grande que a mostrava o mundo. Não sei se ela mesma entendia esse amor que sentia, mas os olhinhos dela continuavam brilhando.

Houve uma hora em que olharam na minha direção. Eu sorri. A mãe chegou com alguém, que apertou a bochecha da menina e cumprimentou Cláudio. Levantaram-se e a colocaram de volta na piscininha dela, que agora não tinha mais tanta graça. Ela ficava de pé, tentando ser vista pelos três gigantes, que - também de pé - conversavam, gesticulando e sorrindo.

Eu voltei para meu sol. Só olhei de novo quando ouvi uma voz dizendo "vamo levá ela no mar!" (era o amigo, falando). Ela se encolheu de novo na piscina, como que querendo se esconder. Cláudio se abaixou e disse:

-Vamo, 'fiota'. Não tem perigo.

E pegou de um lado da piscina. O amigo pegou do outro. Levantaram-na.

Até hoje não sei bem o porquê, mas resolvi me levantar e seguí-los; queria ver no que ia dar. Ela estava lá, ainda encolhida. As mãozinhas seguravam firme nas bordas da pequena piscina inflável amarela. Metade da cabecinha pra fora, olhando pra baixo. Via os pés do pai, via os pés do amigo dos pais, via o chão... o chão.

Quando um restinho de onda alcançou os pés dos homens ela falou. Foi a primeira vez que a ouvi falar. Ela disse, com uma vozinha de medo misturada com confusão, olhando para o pai: "Chão de água!"

Chão de água. Ela não entendia como, tão de repente, o chão tinha virado "de água"...
Ela não parecia gostar muito do chão de água, então a levaram de volta (agora com um pouquinho mais de água no seu mar amarelinho particular).

Eu aproveitei que estava no chão de água e dei um mergulho. Um só. Confesso que também não gosto muito do chão de água; com 20 anos sequer sei nadar... Saí da água, juntei minhas coisas e antes de ir embora sorri para a família, dando um tchauzinho pra pequenininha. Pude ouvir o Cláudio dizer enquanto apontava pra mim "dá tchau pra moça oh" e mostrava como se fazia despedindo-se de mim. Sorri pra ele. Naquele momento, eu queria guardar o filme dessa tarde comigo pra sempre...

Alguém me cutucou, eu estava quase esquecendo meu óculos de sol. Agradeci, guardei na bolsa e quando olhei de volta eles estavam lá, na realidade deles, no fim de tarde deles, na conversa deles; e ela - jogando água pra cima no auge de sua diversão. Não fitei por muito tempo, peguei meus chinelos sujos de areia e rumei pra casa.

Cláudio. Chão de água. A menina em sua piscininha amarela... Não vou me esquecer nunca.

.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Ao amigo, ao ídolo, à poetisa e à desconhecida

1: Ao amigo

Eu soube o quanto você brilhava desde que você me mostrou aquele livro. Mentira, você mostrou o livro à D. Altina (lembra? rs) e eu me intrometi, gostei do título - algo meio Cruzoé (é com Z mesmo?), só que eu nunca o li. Mas sabe o quê? Depois que nos aproximamos e passei a te conhecer de uma forma da qual me orgulho que você tenha deixado, posso imaginar a luz e a poesia de cada linha. A tristeza feliz, a nostalgia masoquista do que não havia, a fraqueza forte, a força fraca...

Há um conjunto de qualidades em você que eu não saberia colocar em palavras; afinal, não tenho esse seu dom. É triste o que temos em comum, cada um com uma história diferente que no fundo culminam na mesma coisa. Foi isso que nos aproximou? Foi a menina de óculos e pinta no rosto? Foi o título do livro que nunca li? Foi o lego? Foi a Elis? A Elis! Talvez tenha sido a Elis, não sei. Agradeço ao que quer que tenha sido.

Trabalhar contigo foi a experiência mais divertida e inesquecível da minha vida. Corremos o risco e fizemos rir; rimos junto. Bebemos juntos. Há uma cumplicidade que não importa o tempo ou a distância ou as mudanças. Sempre vou ter orgulho de você. Te aplaudo de pé pelo que você faz, por como você faz, e acima de tudo pelo que você é. Te ver crescer faz meu coração crescer um pouquinho junto.

Não sei se no meio de tanto parabéns minhas palavras valem de alguma coisa. Mas falo, porque quero que você não se esqueça NUNCA. Não vou me estender mais, (não posso chorar no trabalho). Eu te amo, amigo. Até debaixo dágua. De graça; mesmo. Mesmo. E SEMPRE estarei lá. Onde quer que lá seja. E... nunca é demais: Meus parabéns.


2: Ao ídolo

Sou sua fã (duh, redundância FAIL). Sou sua fã por mil motivos. Seus valores, seu caráter, sua honestidade, sua lealdade até com quem - vez ou outra - não merece. Fico feliz feito criança quando percebo que tenho uma importância assim, relevante ao menos, na sua vida.

Tem mais: te acho um gênio. Acredito piamente (apesar de odiar essa palavra cacofônica) que você devia escrever um livro; se é que você já não o fez com um pseudômino ¬¬ (...) Gênio não só com as palavras. Com a vida, com os talentos, com o espírito empreendedor (sério, ô homem pra saber fazer dinheiro, viu?! lol). Gosto de você, confio em você, admiro você, me divirto com você e quero que você seja uma das pessoas mais felizes do universo *abraço forte sem cabeçada*.

Obrigada por ter se tornado importante, obrigada pelo seu jeito "não sei dar ombros nem conselhos" que sempre, SEMPRE funcionam como ombros e conselhos. Obrigada pela confiança que me inspira e pela que tem em mim. Obrigada por ser uma das poucas pessoas que vê que mudei de verdade e não me julga por águas passadas. Você é importante. Demais. (rasga-seda mode off)

Tem coisa que se a gente não diz sóbria, não significa tanto. (AH! E obrigada por ter tentado arrombar a porta do meu banheiro pra me salvar das garras dos homens maus, mesmo que tenha sido tudo um mal entendido). (L)


3: À poetisa

Não sinta muito. Apenas sinta (:

Sabe, quando eu era criança e tomava fanta uva sem gás eu dizia pro meu pai (off: lembra que te falei dele ontem? o homem mais importante da minha vida, ídolo maior.) enfim, eu dizia que fanta uva sem gás tinha gosto de cheiro de desenfetante. Ele dizia: "O nome disso é sinestesia, italianinha" (ele me chamava assim, às vezes);

Eu estudava de tarde, ia bebendo a fanta no caminho até a metade, chegava na sala fechava a tampa e deixava o resto pro recreio. No recreio, eu fazia cara de "bleh" e minhas amiguinhas perguntavam "Que foi, Anna?" e eu falava algo como "Esse gosto de sintestia".

Enfim, isso é irrelevante, só contei pra dizer que sinestesia é uma das minhas palavras preferidas. Junto com lilás, saudade, lulaby, bolha e abraço. (Sou estranha). Gosto do seu corte de cabelo e gosto do sorriso que vejo no número dois por sua causa. Gosto do seu sotaque que quaaaaaaase não existe. Gosto do seu casaco 131C. Gosto dos seus versos arriscados. Arrisque mais, escreva mais. Você e os dois de cima têm o dom que eu sempre quis, sabe? Vai lá, mete na ponta do lápis ou na ponta dos dedos, mas não deixa passar.

E, oh: independente de qualquer coisa ou de qualquer 'laço', você despertou em mim aquele defeito que eu tinha quando era criança: amiga de graça, assim sem conhecer, falando demais. Queria 5 minutos no seu armário pra ver se convenço ela a encher pelo menos um pedaçinho do meu coração esse ano; mas assim, só se der; se não der eu entendo. E brigada pelo abraço em boa hora. E pelo beliscão que fez outro abraço em boa hora.


4: À desconhecida

Gostei da sua blusa, azul e branca, cores calmas. Aposto que você fala francês. Sabe, lembro do DeNiro no Actor's Studio falando à respeito do que ele chamava de "subway people". Lembro do clipe brega do Savage Garden, que tem a Kirsten Dunst, também no metrô. Mas você... Você é tipo "coffeehouse" people, sabe? (...) Se por acaso eu acordar e for ontem, vou deixar cair só pra pegar, ler seu nome e te procurar no orkut. (Maldita era digital!). De qualquer forma - a não ser que a gente se esbarre de novo - guarde seus documentos na bolsa, ok?



Recados sinceros em forma de desabafos talvez por culpa do excesso de hormônios.
Mas acima disso, honestidade, sabe. Meu lado bom. Tenho um, afinal.
Mas só pago pau pra quem merece. HUNF.

Whatever, queria que vocês soubessem. (:
Agora sabem. Três de vocês, pelo menos.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

The secret is:

...there is no secret.

:)


Ah, vida (L)

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Palavras

Nem Adam Duritz, nem Drummond, nem Lispector. Nem Mário Lago, nem Maynard, nem Antônio Prata. Nem o Thiago, nem o Leo. Nem um Gustavo e nem outro. Nem a Adélia Prado... nem ela!

Ninguém. Ninguém ia conseguir explicar.
Não tem palavras que expliquem, entende?

domingo, 17 de agosto de 2008

Profissões que deveriam ser extintas

Compositor de jingle de candidato eleitoral.
Pelo amor de Deus!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Mornings

Ia rolar um Vinícius de Morais, mas tô morrendo de sono.
Vou deixar para amanhã.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Enquanto isso, no msn

Leon says:
Hipopotomonstrosesquipedaliofobia é o nome que se dá ao medo de palavras grandes. (Eu também achei irônico)



A língua portuguesa é a coisa mais linda do mundo, gente.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hipopotomonstrosesquipedaliofobia




OK.

domingo, 3 de agosto de 2008

Here is the thing

Eu poderia escrever sobre várias coisas: prioridades, letras das músicas do smashing pumpkins, situação do meu time no campeonato brasileiro, programação da fx, doenças psiquiátricas incuráveis, escolhas, cidades que têm fábricas de cerveja, maravilhas tecnológicas, jogos de cartas, séries de tv, desemprego no brasil, dívidas, drogas, sexo, rock'n'roll, decepções, exigências, pessoas que furam compromissos, família, interesse, bissexualidade, arquivo-x-o-filme-2-a-missão, livemocha, budismo, auto-estima, lembrancinhas de aniversários de criança, karma, alfabeto grego, megasena, maquiagem digital, lealdade, ciúmes, mc donalds, rua, chuva, casinhas de sapê, etc.

Mas eu não vou.
Ando ocupada demais.

E ninguém lê.
Adeus.

domingo, 6 de julho de 2008

Eu nunca...

...mais vou brincar de 'eu nunca'.
Ponto

sábado, 5 de julho de 2008

É por isso que eu canto!!

VERGONHA. Passada a ressaca, natural depois de ver o sonho escapar por detalhes tão pequenos, e até por uma incontestável dose de injustiça, esse não é, de maneira nenhuma, o sentimento que traduz o estado de espírito do torcedor tricolor ao amanhecer desse sábado, 5 de julho de 2008.

VERGONHA devem estar sentindo os torcedores rubro-negros que aderiram à onda da Liga Dos Urubus, dando demonstrações explícitas de recalque e mesquinharia, sentimentos incompatíveis a uma nação tão grandiosa como a que proclamam ser. Pela ignorância de acreditar que o suposto fracasso do rival apaga o vexame de terem sido eliminados da forma que foram, num dos maiores desfiles de soberba e incompetência que o Maracanã já viu.

(...)

Então, o que a torcida tricolor deve estar sentindo nesse momento? A paixão tricolor está mais fortalecida que nunca. Fortalecida pelo ORGULHO que esses últimos meses trouxeram ao torcedor do FLUMINENSE.

ORGULHO pela aliança que se formou entre o time e a torcida. Uma aliança que nos dias 5 de março, 21 de maio, 4 de junho e, por que não dizer, 2 de julho de 2008 protagonizou aqueles que, certamente, entraram para a história do futebol como quatro dos mais espetaculares jogos dos últimos tempos. Não somente pelo que os times fizeram dentro de campo, mas pelo show que a torcida deu no Maracanã, imortalizado em imagens que não devem ser esquecidas pela falta do título.

ORGULHO por ter calado os críticos, que tanto falavam da falta de um tal “espírito de Libertadores”, da falta da tal “tradição internacional”, fazendo uma das melhores campanhas de todos os tempos na competição, com 100% de vitórias nos jogos em casa, um total de 9 vitórias em 14 jogos, 27 gols marcados e 14 gols sofridos. Campanha que deixou para trás o aclamado tricampeão mundial São Paulo e quebrou o tabu do mítico Boca Juniors que, em 12 confrontos diretos, desde que enfrentou o Santos de Pelé, não era eliminado da Libertadores por equipes brasileiras. Uma campanha que não pode ser apagada simplesmente por esse desprezo que os brasileiros têm pelo vice-campeonato. Como se ser vice-campeão do principal torneio das Américas fosse algum motivo de demérito.

Que esse ORGULHO se transforme em FORÇA.

FORÇA para erguer a cabeça, sacudir a poeira e continuar exibindo as camisas e bandeiras tricolores pelo Brasil e pelo mundo com a mesma intensidade das últimas semanas. FORÇA para tomar uma posição ativa e vigilante, cobrando da diretoria uma atitude responsável e compatível com a grandeza do clube que dirigem, de forma a enfrentar e superar a dura realidade que agora se apresenta. FORÇA para começar a formar, desde já, uma aliança de apoio ao time capaz de conseguir o que hoje parece impossível: O TÍTULO MUNDIAL DE 2009. A Libertadores de 2009 começa agora e cada jogo deve ser encarado como uma decisão. Pelo time e pela torcida.





*Na íntegra: http://www.flusocio.com.br/blog/

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Libertadores: Meu time

...em 2008 apresentou a melhor formação de muito tempo. Jogou magestralmente, quer essa palavra exista ou não, durante toda a competição. Soube superar êne adversidades, eliminou todos os favoritos. Goleou o Arsenal, virou contra o São Paulo no último minuto, calou o Boca e hoje enfrentou o pior dos adversários de qualquer competição: uma arbitragem omissa e injusta. Não houve LDU. Fluminense jogou contra Hector Baldassi. Pênalti ABSURDO no Washington, digno inclusive de cartão vermelho, impedimento inexistente no Cícero (que por conseqüência fez passar despercebido outro pênalti a nosso favor), cêra, cêra e mais cêra, mil porradas sem cartão. Como se não fosse o bastante o goleiro adversário, atrevido como nunca, cerou na cobrança decisiva dos pênaltis e à ele nada aconteceu.

Meu time fez a melhor campanha da história, eliminou os favoritos. Meu time, na final, fez dois gols fora de casa, jogou contra uma turma de árbitros filhos da puta, e inverteu uma vantagem como há anos ninguém nunca fez. Fluminense mereceu esse título como nunca. Nós sabemos.

Eu tenho ORGULHO DE SER TRICOLOR!!!



edit: E mais, eu pude torcer pelo MEU time até o último momento. Não precisei vestir camisa do time de ninguém; o meu foi bom o bastante pra chegar aqui. Outro ponto positivo pra mim. Vem me mostrar que seu time é capaz de fazer um terço do que o FLU fez nessa libertadores, e talvez eu te escute.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

338 dias

Estava lembrando: o telefone tocou umas oito vezes de manhã, quatro à tarde. Doze vezes até eu perceber que aqui em casa não tinha telefone. A gente riu, junto; estávamos juntos de manhã, estávamos juntos à tarde. Doze! Fala sério: tem prova de amor maior?

quarta-feira, 18 de junho de 2008

O que mede um homem?

Seus medos ou suas referências literárias? Quer dizer, em quem você confiaria mais: alguém que tem medo de altura ou alguém que lê Paulo Coelho? Ou pior: alguém que cita Paulo Coelho, que sabe trechos inteiros do Paulo Coelho de cor. Nada contra o Paulo Coelho. Nada contra medo de altura. Eu tenho medo de altura... E uns quatro livros do Paulo Coelho.

=/

Ah, deixa pralá;

terça-feira, 17 de junho de 2008

Hulk

Mimimis de fim de tarde:

Deve ser difícil ser um(a) resenhista. Primeiro porque essa palavra não existe... Chamam de 'crítico'. Mas crítico é cacofônico e me lembra o José Wilker. Aliás, eu tava aqui pensando: o que será que o José Wilker achou da edição de som do filme novo do Hulk? (...) Eu não consigo mais, quando penso em José Wilker imaginar o José Wilker; eu visualizo o Marcelo Adnet. Engraçado que ele imita o Sílvio Santos, a Dercy Gonçalves, o Gil Gomes, mas isso só acontece com o José Wilker, não sei por quê.

A última novela em que o José Wilker atuou foi 'Duas Caras' e as maquetes da abertura de 'Duas Caras' são infinitamente melhores e mais verossímeis que as maquetes da Rocinha nesse Hulk. E eu não me conformo com a falta de brasileiros pra interpretar os brasileiros no filme, gente! Com tanto brasileiro nos estados unidos, eles usam um cara meio japa e ainda botam o HERMES pra dublar o moço. Tsc.

E a Liv Tyler sem orelhas pontudas não é tão bonita, viu?

Enfim, deve ser difícil ser um(a) resenhista. Mas eu olhei no dicionário e descobri que a palavra existe, sim. Já é um começo. E, digressões à parte, o que eu quero dizer mesmo é: pessoal de Hollywood, pelo amor de Deus, desistam; filme do Hulk jamais dará certo.

domingo, 8 de junho de 2008

Cara velha

Eu não aguento ficar muito tempo com a mesma cara, dá agonia. Aí, surtei. Peguei uma tinta azul e passei na cabeça as 4 da manhã.

Abre Parênteses:

Eu já tive cabelo azul, mas foi pintado em salão, descolorido antes, blá blá blá. Se o cabelo não for claro o bastante a tinta simplesmente não pega. Acontece que ano passado eu peguei uma tintura vermelha da mesma marca que a azul que tem aqui em casa e passei por cima do meu cabelo castanho. E não é que pegou? Quer dizer, pegou assim... Fez um leeeeve reflexo avermelhado onde tinham umas mechas mais claras. Aí, ontem, pensei com minha cabecinha: se vermelho pegou azul também pega. (Y) Isso sem levar em consideração que: a) meu cabelo está castanho ESCURO; b) vermelho é muito mais fácil de 'grudar' no cabelo que azul; c) estava óbvio que a tinta não faria nem CÓCEGAS.

Fecha Parênteses.

Pois bem. Minhas mãos, minha testa, minhas orelhas, a pia, o chão, a meia, a camisola, a parede, a lixeira, a escova de dente... Tudo ficou azul. Menos meu cabelo. Nem aquela coisa que até aparece no sol com um pouco de esforço de quem olha. NADA. Tudo o que eu consegui foram unhas bizarramente sujas e o caminhozinho da cabeça azul anil. TENDÊNCIA.

Preciso regular meu sono.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Obrigada! Obrigada! Obrigada!!!!

quinta-feira, 8 de maio de 2008

All you need is lábia

Mocinha na minha frente no ônibus conversando com uma amiga:
"Com um sorriso e uma sombrinha discreta na pálpebra não tem lugar onde a gente não chegue!"

Ui! Gostei **

LOL

terça-feira, 29 de abril de 2008

Funk da velha

Preciso de um gravador e de alguém que mixe sons. E de visitas barulhentas. E de mais limão.
Grata.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Crise

A internet tá cheia de piadas prontas, notícias chocantes, coisas pra se falar a respeito. Aliás, não só a internet, né? Tv, jornais, revistas... enfim. E eu queria ter a desenvoltura necessária pra chegar aqui e falar falar falar sobre tudo; ou sobre nada tambem, tanto faz. Acho blogar uma atividade digníssima! Não é atoa que bato cartão em pelo menos uns 20 blogs rede à fora. Mas eu... eu não consigo, não. Uma desgraça isso. Nunca acho que nada que eu escrevi tá legal o bastante, bem escrito o bastante, pertinente o bastante, atraente o bastante... (sim, porque eu confesso: escrever pra mim não me basta.) E aí eu seguro a setinha pra trás e lá se foi o disco voador tudo o que eu queria falar.

E ó que eu queria falar muita coisa, viu? Eu queria falar que a tv aberta anda melhorando (aos poucos, mas anda) que eu acredito no Roberto Cabrini, que eu acho revoltante o caso da Isabella mas que não aguento mais ouvir falar nisso, que a Ana Maria Braga é irritantemente gaga e robotizada, que o sistema de saúde no Brasil é realmente uma vergonha, que o correio brasiliense é um puta de um jornal legal, que eu detesto quando o ônibus passa e não abre a porta (por causa dessa desgraça de roleta nova que atrasa a vida das pessoas, faz todo mundo ficar acumulado na porta de entrada e dá a impressão de ônibus lotado)... aff!

Essa crise existencial momentânea não tem a ver com o ibope do meu blog, tem a ver com o curso que eu escolhi. Sempre fui a rainha das redações (mesmo que só na minha cabeça), e agora que escolhi um caminho onde isso mais faria diferença, não tenho tido segurança suficiente pra produzir NADA. Travei. Por que será? No pc, na aula, na vida. Será que eu descobri que eu gosto MUITO mais de ler do que de escrever, e não o contrário? Medo de crítica/ferro eu sei que não é...

Ahhhh, enfim, aproveitemos a sexta-feira. Pensarei nisso terça (que vai ser a segunda-feira da semana que vem). E que venha o feriado, a bebida, os amigos e a taça rio! o/

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Medo

Eu tenho medo das minhas palavras. Dos meus surtos criativos. A Clarisse colocava fogo em quase tudo o que escrevia. Como ouso me comparar à ela? Sou ninguém! Quem me dera ter vindo da Ucrânia...

Mas ainda tenho medo. Medo dos pontos que não enunciam nada. Mil frases que soltas não cantam; juntas, então... Pfff! Desgostância de tudo que sai do dedo, sabe? E medo. Medo dos neologismos que fiz e adotei na vida, dos rumos que escolhi, do perfeccionismo inatingível do meu lado Lispector. Mas veja bem: não me comparo à ela. Sou ninguém! Quem me dera ter vindo da Ucrânia...

Ê! Backspace mais gasto que barra de espaço.

Astrologia

Todas essas pessoas serem aquarianas não pode ser mera coincidência.
(post pra mim mesma, ok?)

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Mesmas iniciais.

Adam Duritz é o dono da voz que eu mais tenho ouvido no último mês. E acontece de ser também um dos moços mais geniais de quem já tive notícia.

A poesia dele é algo totalmente novo e sutil. Alguém que consegue fazer todo o prosaicismo do mundo parecer tão suave e bonito (e tão poético quanto não deveria ser) merece TODA a minha admiração, ok?

Quero esses moços no Brasil! (...) Mentira, quero ter TEMPO pra sair do Brasil e ir ver esses moços!



(Ainda bem que sonhar é de graça).

domingo, 6 de abril de 2008

Duas Décadas

"O Dia Mundial da Saúde, celebrado pelos 191 membros da Organização Mundial de Saúde, acontece anualmente desde 1948 no dia 07 de abril, e foi criado para enfatizar questões de saúde pública de escopo internacional."

Meu pai se enchia de orgulho quando dizia que eu nasci no Dia Mundial da Saúde. Meu sistema imunológico não dá muito de si pra fazer valer a data, mas whatever...

Antes de vir aqui falar sobre como é estranho fazer 20 anos, mencionar alguns acontecimentos importantes desse espaço de tempo tão breve, agradecer por tudo que tenho na vida e etc, deixei essa guia aberta no ie e fui na do lado (que tinha acabado de carregar) pra ver o que a Ira tinha me dado de presente.

Chorei, porque se tem uma coisa que não muda na minha personalidade desde que me entendo por gente, é a intensidade com que lido com TUDO. Sou um pedaço de manteiga rodando no microondas quando recebo uma homenagem sincera (que nunca acho que mereço) como essa. Sou o mesmo pedaço de manteiga vendo um filme romântico-clichê. Sou um pedaço de manteiga na panela de pedra em cima do fogão de lenha quando recebo uma surpresa feito a de ontem. Enfim, não sei como ainda não sequei...

O fato é que ao voltar pra cá, esqueci tudo o que ia dizer. Sobraram só as metáforas lulísticas do parágrafo acima e uma menininha pequena, feliz feliz pela sorte que tem quando se trata do quesito 'pessoas-que-tem-na-vida'. Elas são meu maior presente, mesmo algumas delas meçam 1,50m (né Nat?). O que é bom por um lado, já que se todas fossem do tamanho do Gugu, não caberiam aqui em casa ontem.

Enfim, não sei agradecer tais coisas com palavras bonitas o suficiente. Não sei agradecer nem com palavras feias. Sei abraçar apertado cada um, por meia hora, chorando de alegria por ter a sorte - a SORTE!!!!!!! - de ter todos vocês ao meu lado, ainda que às vezes (mas só às vezes, e ainda assim na inocência) eu aja como quem não merece.

Amo vocês. E se a fada dos vinte anos deixar, quero vocês na minha vida a cada ano, a cada dia, a cada hora, a cada aniversário, a cada festa, a cada post, a cada conquista, a cada segundo. São vocês que me fazem ser cada vez melhor, cada vez mais madura, cada vez mais feliz. [E o vocês não tem que ser definido, tem? Vocês, pequenos (e Gugu! lol), sabem quando passam os olhos por essas palavras que são os alvos de toda a energia que quero que elas emitam.]

Obrigada :~
A vida tem sido cada vez melhor. Esse aniversário, então! WOW.


quinta-feira, 3 de abril de 2008

Pára-choque de Caminhão

(ou não.)

"Nossa vida é como uma comédia: ninguém repara se foi longa, e sim se foi bem representada."
Gostei. (:

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Habilidades Motoras

e outras randomicidades

E ontem disseram pra mim: "Vi lá no seu blog que você não sabe andar de bicicleta. Até hoje eu não acredito nisso!"

Bom, eu sei andar de bicicleta; mas se não for na av. Rio Branco não adianta muito, porque eu não consigo virar e pedalar ao mesmo tempo, é difícil demais!... Que nem carrinho de batida. Mas de carrinho de batida eu tenho trauma, mesmo. Não quero nem falar sobre isso. (...)

Agora que parei pra pensar fiquei meio preocupada... eu não tenho muita coordenação motora não. Quando vou jogar videogame sempre viro a cabeça e metade do corpo junto com o controle. Será que tem médico disso, gente? Ai :(

Anyway, (acho lindo mudar de assunto assim) faço 20 daqui a pouco. 20, gente. 20 parece muito né? Sabe quando alguém quer enfatizar alguma coisa e diz "Eu já falei VINTE vezes!"? Então. Meu inferno astral esse ano é minha cabeça... vinte anos e eu não sei nem andar de bicicleta! Onde é que já se viiiuu?

terça-feira, 1 de abril de 2008

1º de Abril

De acordo com alguma pesquisa que não sei direito qual, porque tô com a tv ligada mas não estou prestando muita atenção, cada um de nós fala aprox. 200 mentiras por dia. (...)

Pois bem, eu sei que o "dia da mentira" tem todo um contexto histórico - que eu confesso que nunca tive interesse em pesquisar - mas não acho a MENOR graça nessa data desnecessária. Estava navegando na boa e velha wikipedia, e descobri que os americanos realmente levam esse feriado infame à sério: com direito à pegadinhas do google, da microsoft e até da CNN! Que falta do que fazer, minha gente!!

Fica aqui uma sugestão previsível: Por que não criamos o "Dia da Verdade"? Ao invés dessas mentirinhas estúpidas/inúteis e por vezes até de mal gosto, a gente teria a sensação libertadora de poder dizer para aquela amiga que se acha: "Tá precisando emagrecer, heim?". Ou para a mãe, chegando em casa de madrugada: "Eze jeiro? Ah, bãe, izo é dequila, burquê?". Para a velha maluca que mora no seu prédio: "Seu problema é que a senhora não trepa desde 1926". Para a coordenadora do seu curso: "Uau, mas além de mal educada é feia, heim?". Para o coleguinha tira-onda: "Eu não ligo pra quanto custou seu mp4 novo".

Outras boas:
"35 anos? Jurava que você tinha uns 52..."
"Nossa, que cabelo horroroso!"
"Não vou aí hoje porque tô com preguiça"
"Cueca de novo, vó?"

Etc, etc.

E o melhor: antes que os interlocutores pudessem pensar em moldar no rosto uma expressão de revolta ou coisa que o valha, soltaríamos com cara de Sérgio Malandro: "AHÁÁÁ!!! DEZOITO DE SETEMMMBRO", e todos ririam e viveriam felizes para sempre.

Enfim, despeço-me com uma frase de efeito: "A mentira tem perna curta. E também tem barba branca, língua presa e um dedo a menos"

'Feliz' (?) April's fool, pessoas! o/